quinta-feira, 8 de setembro de 2011


É paradigmática a aula de um professor de filosofia: sem dizer uma palavra ele pegou um frasco de vidro de maionese e o esvaziou. Depois encheu-o com bolas de vidro. A seguir perguntou aos alunos se o frasco estava cheio. Os estudantes responderam que sim. Então o professor pegou uma caixa cheia de pedrinhas pequenas e colocou-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de vidro. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim. Depois, o professor pegou uma caixa com areia fina e esvaziou-a para dentro do vidro de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios entre as bolas e as pedrinhas, e uma vez mais o professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Os estudantes responderam de forma unânime: "Sim!" Na sequência, o professor acrescentou 2 xícaras de café no vidro e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes desta vez começaram a rir... Mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes: “Quero que se conscientizem de que este frasco representa a vida”. As bolas de vidro são as coisas mais importantes: como a família, a saúde, os amigos, tudo o que você ama de verdade, são coisas que, mesmo se perdêssemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias. As pedrinhas são as outras coisas que importam, como o trabalho, a casa, o carro, etc. A areia é tudo o mais, são as pequenas coisas da vida... Aí o professor explicou que: “Se puséssemos primeiro a areia no frasco não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de vidro. O mesmo acontece com a vida. Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.” Prestem atenção às coisas que são cruciais para a sua felicidade. Brinque, ensinando os seus filhos, arranje tempo para ir ao médico, namore e vá com a sua/seu namorado (a) / marido / mulher jantar fora. Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos. Pratique o seu esporte ou hobby favorito. Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro... Ocupe-se sempre das bolas de vidro, em primeiro lugar, que representam as coisas que realmente importam na sua vida. Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia... Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café. O professor sorriu e disse: "...o café é só para demonstrar que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo."



Aristóteles e a Felicidade

Aristóteles acreditava em três patamares para se ser feliz: o 1º: uma vida de prazeres e satisfações; 2º - uma vida como cidadão livre, responsável, que procura o fazer o bem; 3º - procura da verdade. Neste último patamar ele aponta para uma vida como pesquisador e filósofo. Para tal é necessário tempo livre. Ninguém pode estudar sem momentos de ócio. Quem dedica todo o seu tempo à conquista da sua sobrevivência ou à procura gananciosa de mais riqueza dispõe de pouco tempo livre.
A felicidade é o fim completo da vida humana, o único fim que não visa promover um outro fim. A felicidade é um fim em si mesmo que consiste numa acção virtuosa. Não é um estado, mas sim uma actividade, a mais auto-suficiente de todas.
A felicidade como ação virtuosa, embora se apresente especulativamente assaz discutível, é aquela pela qual esta é precisamente concebida como um justo meio entre dois extremos (não devemos ser nem covardes, nem audaciosos, mas corajosos, nem ser avarentos, nem extravagantes, mas generosos). Este justo meio, na acção de um homem, não é abstracto, igual para todos e sempre; mas concreto, relativo a cada qual, e variável conforme as circunstâncias, as diversas paixões predominantes dos vários indivíduos. Portanto, para ele não implica que, apesar da virtude ser um hábito, todos nós não façamos desvios na nossa trajectória de vida por deliberação e decisão, desde que não caiamos nos extremos, ficando retidos neles, agarrados a um vício. Deve-se retomar o meio dos dois extremos, fazendo o caminho a caminhar. Se a virtude é, fundamentalmente, uma actividade segundo a razão, mais precisamente é ela um hábito segundo a razão, um costume moral, uma disposição constante, da vontade, isto é, a virtude não é inata, como não é inata a ciência; mas adquiri-se mediante a acção, a prática, o exercício.
Para Aristóteles felicidade é agir. Constantemente. E agir bem, graciosamente, na justa medida: no tempo correto, na intensidade correcta, na direcção correcta. Mas esta busca pelo bem Aristotélico não tem nada em comum com o conceito de bem cristão: Não está ligado à bondade e à resignação. Mas é sim um bem viver, ligado à excelência (bem fazer). E também não é uma idealização retórica ou utópica, separada de nossa vida prática. É algo que podemos efectivamente alcançar em nosso agir, tornando-nos mais felizes em cada mínimo ato.

Fonte: Internet

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http://www.4shared.com/get/huz5KlO4/Aristoteles_-_Etica_a_Nicomaco.html

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