segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Questão para discussão.



O universo tecnológico inserido no universo educacional exige do profissional da educação habilidades para a utilização das tecnologias como mediadoras no processo de ensino-aprendizagem. Por outro lado, há ainda por parte do professor uma certa dificuldade em incorporar as TIC’s (tecnologias de informação e comunicação) no ambiente de aula, pelo fato desse professor ainda não saber lidar com essas ferramentas, talvez por resistência à possibilidade de ser substituído ou por falta da oferta de oportunidades para o manuseio destas, já que não basta apenas a escola possuir em seu âmbito vários recursos tecnológicos, sem oferecer ao professor subsídios necessários para o manejo destes aparatos. Além disso, não adianta uma instrumentalização deste professor para operar os equipamentos fornecidos, se não houver a criação e a discussão de uma nova possibilidade pedagógica agregada ao uso tecnológico. Sem dúvida alguma, ter a tecnologia como contribuição e auxílio ao professor no processo de ensino-aprendizagem, é algo bastante viável, entretanto, se não há uma reflexão desta nova prática considerando os efeitos dela no currículo escolar, bem como finalidades ansiadas, o tipo de aluno que terá acesso a esses meios e a formação necessária para os professores atuarem com estes novos meios, inviabilizaria todo esse projeto da inclusão digital nas escolas. “Navegar é preciso”, mas nestes mares revoltos da nossa educação, será preciso também remos fortes, braços firmes e ventos a nosso favor para não naufragar.  

A partir desses problemas levantados que estão presentes no Texto 1 - Tecnologias de informação e comunicação na educação: um desafio na prática docente, de Nara Caetano Rodrigues, será realizada discussões que venham proporcionar reflexões e quem sabe até alternativas para os problemas apresentados na questão.      

Postado por Richardson Silva - Discente do curso de Filosofia - UESC

2 comentários:

  1. Navegar é preciso! Diz Fernando Pessoa. E para comentar esta postagem, vou seguir no mesmo fragmento: "Viver não é necessário, o que é necessário é criar!".
    Com relação ao seu texto, vale também isso: o que é necessário é criar. E tomemos a forma desta frase para anunciar à formação de professores uma de suas principais atitudes, não acha?
    O importante é não nos distanciarmos dessa discussão, como se o campo da formação estivesse longe de nós. Ao contrário, nós somos esse campo: eu, meus colegas e vocês, nossos alunos, futuros professores. A nós importa não apenas levantar as questões... é da nossa conta apontar possíveis saídas e, não apenas apontar, mas CRIAR/RECRIAR, nostrar onde é possível, FAZER CRIATIVAMENTE, inventar, reinventar... afinal... navegar é preciso!
    Profa. Kátia

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  2. Concordo plenamente que o "necessário é criar", contudo, acredito que antes de criar, seja necessário um amadurecimento em relação aquilo que se dejesa criar. Ou seja, problematizar a questão, inclusive a partir de críticas, é um passo para se chegar a uma possível criação. Muitos fatores estão em jogo quando falamos em criar, primeiramente, devemos considerar os objetivos que pretendemos alcançar, bem como as consequências que esses objetivos podem ocasionar. Até porque uma criação depende de elementos que são inerentes ao próprio objeto de criação, nesse caso, educação e tecnologia. Mas sem dúvida, o professor ou o futuro professor, devem também propor alternativas para contornar e modificar a realidade que o problema aponta.

    Richardson Silva.

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